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Sinopsis

De segunda a sexta-feira, sob forma de entrevista, analisamos um dos temas em destaque na actualidade.

Episodios

  • Moçambique: Profissionais de saúde ameaçam encerrar unidades sanitárias

    07/05/2024 Duración: 07min

    Os profissionais de saúde de Moçambique decidiram prolongar a greve por falta de consenso com o Governo, que acusam de não apresentar “medidas concretas para satisfazer as necessidades da população”. O presidente da Associação de Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, garante que se o Governo “continuar com o braço de ferro”, vão encerrar as unidades sanitárias. RFI: Quais foram as razões que vos levaram a prolongar a greve no sector da Saúde? Anselmo Muchave, presidente da Associação de Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique: O que acontece é que o Governo moçambicano não traz nada em concreto para satisfazer aquilo que são as necessidades da população. As unidades sanitárias não têm medicamentos, os pacientes não têm direito à alimentação e os profissionais de saúde não recebem uniforme há 15 anos. Estamos a falar de um país do terceiro mundo, onde as pessoas não têm condições nem para comprar um simples paracetamol. Desde 2023, o Governo não mudou nada

  • Xi Jinping em visita oficial à França, com Ucrânia e comércio na agenda

    06/05/2024 Duración: 09min

    O Presidente chinês chegou ontem a França onde efectua esta segunda-feira e amanhã uma visita oficial, antes de seguir para a Sérvia e a Hungria. Na ementa desta deslocação que marca os 60 anos de relações diplomáticas entre Paris e Pequim, estão em destaque o conflito na Ucrânia e questões comerciais. Isto, numa altura em que existe uma série de contenciosos entre a China e Bruxelas, nomeadamente no que tange às condições de comercialização dos carros eléctricos chineses no mercado europeu. Rui D'Avila Lourido, Presidente do Observatório da China em Lisboa, entidade que tem elos designadamente com a Fundação Macau ou ainda a Academia Chinesa de Ciências Sociais, refere que a escolha de Paris como destino de Xi Jinping no âmbito da sua digressão europeia, prende-se com o facto de a França continuar a manter o diálogo com a China, o que na sua óptica lhe dá vantagens.RFI: Contrariamente a outros países europeus, como a Grã-Bretanha, a França tem tentado manter boas relações com a China. Que vantagens é que iss

  • DJ ZenGxrl e a liberdade das energias universais na música com alma

    05/05/2024 Duración: 11min

    ZenGxrl é uma das Dj's cuja cotação não pára de subir. A jovem portuguesa, com raízes em Angola e no Alentejo, tem conquistado as pistas de dança nacionais e internacionais com sons representativos de uma globalidade. Os sets de ZenGxrl são de um ecletismo sem barreiras caracterizado pelas "músicas com alma" onde se podem misturar estilos como amapiano, batida, baile funk, kuduro, jersey club, house music ou techno.A DJ, que encontra os "momentos verdadeiramente zen" quando está no Alentejo e que tem conquistado um assinalável sucesso junto das marcas de alta costura, gosta de colocar em prática a capacidade de ler a sala para melhor chegar ao público que tem em frente.A RFI aproveitou a presença de ZenGxrl no Festival Tremor para uma entrevista onde, entre outros temas, se falou sobre as influências da música de Angola, do Congo, do Brasil e de Portugal, o trabalhar numa área dominada pela presença masculina ou como descobriu que o futuro profissional seria como DJ."Não se deixem intimidar por pessoas que ac

  • Extradição de Bozizé "não é da competência do Presidente da República"

    03/05/2024 Duración: 07min

    O Presidente Umaro Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau não vai extraditar o antigo chefe de Estado da RCA, François Bozizé, exilado em Bissau e alvo de um mandado de captura internacional, justificando que a lei guineense não o permite. Luís Vaz Martins, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, explica que lei guineense prevê, em determinadas situações, a extradição de cidadãos estrangeiros, sublinhado que a decisão compete à justiça e não ao Presidente guineense. RFI: O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse esta semana que não vai extraditar o antigo chefe de Estado da RCA, François Bozize. O que prevê a lei guineense nessa matéria?Luís Vaz Martins, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau: Há aqui dois equívocos para sublinhar. Em primeiro lugar, não é da competência do Presidente da República dar pareceres sobre a constitucionalidade da extradição de qualquer cidadão estrangeiro que se encontre no território da Guiné-Bissa

  • Haiti: conselho de transição no poder "vai ser novo período de incerteza"

    02/05/2024 Duración: 10min

    O Haiti está a braços com uma profunda crise política e de segurança que já fez centenas de mortos. Nos últimos anos, e em particular desde Fevereiro passado, o território foi tomado de assalto por gangues que controlam quase todo o país, situação instável, que já levou mesmo à demissão do primeiro-ministro, Ariel Henry. Entretanto, foi investido, na semana passada, um conselho de transição, numa nova etapa rumo a um governo provisório. Esta terça-feira, Edgard Leblanc Fils, foi eleito Presidente do conselho de transição.Este conselho é composto por 9 membros, oito homens e uma mulher, com representantes provenientes de vários quadrantes da sociedade, caso do quadrante político, sociedade civil ou até mesmo organismos religiosos. O conselho de transição terá agora, em primeiro lugar, a tarefa de formar governo e, posteriormente, organizar as eleições no país, que deverão ter lugar em Fevereiro de 2026.Em entrevista à RFI, Rafael Lucas, professor haitiano radicado em França começa por fazer uma análise sobre o

  • França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos

    01/05/2024 Duración: 09min

    À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”. À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Os estudantes exigem um cessar-fogo em Gaza e o fim do “genocídio”, além da não perseguição dos alunos defensores da causa palestiniana. Apesar dos esforços do executivo para evitar a multiplicação da contestação, vários grupos de estudantes apelaram este fim-de-semana à intensificação dos protestos.Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento pró-Palestina e ao microfone da

  • Angola na Coreia do Sul para diversificar economia

    30/04/2024 Duración: 08min

    Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais. O que procura o Presidente João Lourenço com esta visita de Estado à Coreia do Sul?O Presidente angolano, desde o primeiro mandato, tem procurado diversificar os países com os quais estabelece relações, para além daqueles países que já são tradicionais, como a Rússia, por questões históricas, e os Estados Unidos, pelo seu papel geo-geopolítico. O Presidente também tem procurado outros países que são hoje “players” importantes, não só ao nível da Europa, mas também na Ásia e querendo ou não, a Coreia do Sul é um país com grande potencial do ponto de vi

  • Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"

    29/04/2024 Duración: 09min

    O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista. RFI: Como é que interpreta estas declarações?Yussef: Eu penso que há uma parte que é importante do discurso do Presidente Marcelo, na medida em que há uma tentativa de fazer uma análise histórica concreta do que é que foi o tráfico transatlântico e do que é que foi o colonialismo. Isto, contrariamente à ideia dominante em Portugal, que é de uma romantização tanto da escravatura transatlântica como do colonialismo. Eu creio que, neste sentido, é importante este passo em frente, até porque isto pode ter repercussões na soc

  • "História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"

    29/04/2024 Duración: 09min

    O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. RFI: Na semana passada, o presidente português defendeu que Portugal assume total responsabilidade pelos erros do passado e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram custos e que há que pagá-los. Marcelo Rebelo de Sousa declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. De onde e por que motivo surgem estas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa?António Pinto Ribeiro: Bom... a razão por que o senhor Presidente fez estas afirmações neste momento não se

  • “Que força é essa” Sérgio Godinho?

    27/04/2024 Duración: 31min

    Sérgio Godinho criou canções que são símbolos de liberdade e de resistência, mas não se revê na etiqueta de música de intervenção. Diz simplesmente que se limita a falar da vida. Nos 50 anos do 25 de Abril, convidámos o músico, cantor, compositor, poeta, escritor, actor, “homem dos sete instrumentos”, para falar sobre os tempos da ditadura, do exílio e da criação dos seus primeiros discos. Sérgio Godinho é o nosso convidado desta edição, no âmbito das entrevistas que temos publicado em torno dos 50 anos do 25 de Abril.Foi em Paris que o músico começou a espelhar as dores e as esperanças dos “Sobreviventes” à ditadura portuguesa. Tinha deixado Portugal em 1965 com “sede de ter mundo” e porque estava determinado em não ir para a guerra colonial. Diz que encontrou a sua voz em português em Paris e foi aí que gravou os dois primeiros discos, “Os Sobreviventes” e “Pré-Histórias”. Ambos no Château d’Hérouville, onde José Mário Branco gravou “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, em que Sérgio Godinho também pa

  • Vasco Lourenço, capitão de Abril, recorda “o interior da Revolução”

    24/04/2024 Duración: 23min

    Vasco Lourenço é um dos mais conhecidos "capitães de Abril" que conspirou para o golpe que acabou com 48 anos de ditadura em Portugal. Nos 50 anos da Revolução dos Cravos, o presidente da Associação 25 de Abril recorda as origens da conspiração, o dia do golpe e a importância que este teve para Portugal e para os territórios que lutavam pela independência. “Um acto único na história universal”, resume. Nos 50 anos do 25 de Abril, a RFI falou com vários resistentes ao Estado Novo. Neste programa, ouvimos Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril.A liberdade que tantos esperavam chegou numa madrugada de Abril. “O dia inicial inteiro e limpo”, que emergia “da noite e do silêncio”, como escreveu a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. Após 13 anos de guerra colonial, o Movimento das Forças Armadas, composto essencialmente por oficiais de média patente, impôs a queda do regime por um golpe militar. Entre os capitães de Abril está Vasco Lourenço, um dos “homens sem sono” que conspirou para o golpe qu

  • As lutas estudantis contra a ditadura

    23/04/2024 Duración: 23min

    Em vários momentos, os estudantes enfrentaram o Estado Novo e as suas forças repressivas. Reclamaram liberdade de expressão e de associação, criticaram o autoritarismo do regime e pediram o fim da guerra colonial. Neste programa, ouvimos algumas pessoas que participaram nas crises académicas de 1962, de 1965 e no movimento contestatário dos liceus no início da década de 70. A luta estudantil é outro dos capítulos da resistência ao regime ditatorial português. Foi na década de 1960 que conheceu maior intensidade, radicalização e repressão.O Estado Novo teve, em 1962, um ano negro de agitação universitária e a crise académica constituiu o baptismo político de muitos jovens. O Governo de Salazar tinha proibido as comemorações tradicionais do Dia do Estudante a 24 de Março e, nesse dia, a polícia de choque invadiu a Cidade Universitária de Lisboa, carregando sobre centenas de jovens. Em reacção, os estudantes declaram luto académico, na prática, greve geral às aulas.Presente nas lutas estudantis de 1962, esteve I

  • Isabel do Carmo, uma mulher de armas contra a ditadura

    23/04/2024 Duración: 23min

    Isabel do Carmo foi co-fundadora das Brigadas Revolucionárias, uma das organizações de resistência armada à ditadura portuguesa. Nos 50 anos do 25 de Abril, ela contou-nos algumas das acções mais emblemáticas das Brigadas Revolucionárias, desde o ataque às instalações da NATO, na Fonte da Telha, à destruição de chaimites destinados à guerra colonial e à largada de porcos vestidos de almirante nas ruas de Lisboa. Nos 50 anos do 25 de Abril, a RFI falou com vários resistentes ao Estado Novo. Neste programa, ouvimos Isabel do Carmo, uma das fundadoras das Brigadas Revolucionárias.“Nós resolvemos que não fazíamos papéis. Fazíamos, antes de tudo, acções. E foi assim que começaram as acções. Houve acções das Brigadas Revolucionárias quase até ao 25 de Abril. E, de facto, é a primeira organização que aparece com uma mulher na direcção”, começa por nos contar Isabel do Carmo, fundadora das Brigadas Revolucionárias.A activista e resistente nasceu em 1940 no Barreiro, uma zona operária onde palpitava, silenciosamente,

  • Casal “revolucionário” da ARA lembra história do braço armado do PCP

    23/04/2024 Duración: 16min

    Raimundo Narciso, um dos fundadores da ARA, o braço armado do PCP que esteve em actividade entre 1970 e 1973, e Maria Machado, a esposa que ajudava a preparar os engenhos explosivos na cozinha, contaram à RFI algumas das histórias desta organização de resistência armada à ditadura. Cinquenta anos depois do derrube da ditadura em Portugal, o casal “revolucionário” recorda, ainda, como era viver na clandestinidade e na luta permanente. Nos 50 anos do 25 de Abril, a RFI falou com vários resistentes ao Estado Novo. Neste programa, ouvimos Raimundo Narciso, fundador da Acção Revolucionaria Armada (ARA), e Maria Machado, que já era combatente antifascista antes de se juntar ao futuro marido.Raimundo Narciso e Maria Machado, conheceram-se em Moscovo, nos anos 60, e escreveram juntos uma história de resistência armada à ditadura portuguesa. Hoje, aos 85 e 74 anos, contam-nos alguns desses episódios.Maria Machado trabalhou, desde jovem, na tipografia clandestina dos pais, depois integrou a Acção Revolucionária Armada,

  • Ataque de Israel contra o Irão "era expectável"

    19/04/2024 Duración: 07min

    As autoridades iranianas indicaram nesta sexta-feira, 19 de Abril, que os sistemas de defesa do país "dispararam contra objectos suspeitos" na província central de Isfahan, que abriga centros de produção de mísseis e instalações nucleares. O Irão negou que tenha havido um ataque com mísseis contra o país, mas fontes israelitas confirmaram ao New York Times que Israel esteve envolvido no ataque com mísseis contra o Irão. O analista político Germano Almeida, considera que o ataque era expectável. RFI: Este ataque a uma zona militar era expectável, uma vez que o grande receio de Israel é que o Irão tenha ou consiga ter uma bomba nuclear?Germano Almeida, analista político:  Sim, era expectável e estava dentro dos cenários previstos. Eu recordo que o que aconteceu, a 14 de Abril, foi inédito. O Irão nunca tinha, na sua história, atacado Israel directamente. Claro que já tinha atacado Israel pelas interpostas “marionetas”, como o Hezbollah, os Houthis e o Hamas. Milícias pró-iranianas que existem porque o Irão as f

  • Paris impaciente por acolher os Jogos Olímpicos

    18/04/2024 Duración: 07min

    Paris assinalou, simbolicamente, nesta quarta-feira, 17 de Abril,  os 100 dias antes do início dos Jogos Olímpicos de verão.Os parisienses dividem-se entre ansiedade, em relação a um dos maiores acontecimentos planetários, e receios quanto às ameaças sobre a segurança, em plenas crises na Ucrânia ou no Médio Oriente, ou quanto à capacidade de resposta da rede de transportes. Motivos mais do que suficientes para fazermos um ponto de situação com Hermano Sanches Ruivo, vereador do décimo quarto bairro de Paris. "Estou muito positivo na espera, porque, primeiro, há dez anos que estamos a trabalhar sobre esse dossier. Depois houve a vitória, as instalações e as primeiras decisões !  A especificidade dos Jogos Olímpicos tem muito a ver, por exemplo, com o facto de já estarem construído 90% das estruturas. Portanto, a pressão sobre as obras, sobre o que era para ser construído de novo e de uma certa forma menor, e todas estão acabadas ou em fase de estar acabadas."Daí a Ministra dos Desportos dizer que de facto, es

  • Corte ilegal e exportação descontrolada são a maior ameaça à Floresta do Miombo

    17/04/2024 Duración: 09min

    No dia em que encerra, em Washington D.C., uma conferência internacional sobre a Floresta do Miombo, promovida por Moçambique, a ONG Justiça Ambiental alerta que o Estado deve começar por proteger as florestas a nível interno. A ONG considera que é urgente impedir o corte ilegal de árvores, controlar as exportações de madeira e travar “a máfia das florestas”. Esta terça-feira, no primeiro de dois dias da Conferência Internacional sobre o Maneio Sustentável e Integrado da Floresta do Miombo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, alertou para as perdas anuais nesta floresta: "As ameaças decorrentes das mudanças climáticas são inegáveis e com impactos devastadores nas sociedades. Perdemos anualmente enormes porções da Floresta do Miombo, o pulmão verde do planeta." Moçambique perde todos os anos 267 mil hectares de florestas, de acordo com declarações à imprensa, em Julho, do director nacional de Florestas, Cláudio Afonso.A RFI falou com a ambientalista Anabela Lemos, directora da organização da sociedade civi

  • “O Sudão vive num caos humanitário”

    16/04/2024 Duración: 11min

    A comunidade internacional reuniu-se esta segunda-feira, 15 de Abril, em Paris e comprometeu- se a ajudar o Sudão com mais de 2 mil milhões de dólares. Há um ano que os confrontos entre as diferentes facções militares mergulharam o país numa guerra civil violenta, deixando cerca de 25 milhões de sudaneses, cerca de metade da população, a precisarem de ajuda humanitária. Em entrevista à RFI, a professora de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, Daniela Nascimento, considera que o país vive numa situação de caos humanitário.RFI: O Sudão está em guerra há um ano. Qual é o actual estado do país?Daniela Nascimento, professora de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra: A situação actual no Sudão é de uma crise humanitária que se agrava a cada dia que passa. São 12 meses de uma guerra particularmente violenta, confrontos que não poupam a população civil e com um custo humano significativo. Estima-se que cerca de 15 mil pessoas já tenham morrido, em resultado dos confrontos entre os dois gru

  • Médio Oriente: "Perigo de escalada é muito grande neste conflito"

    15/04/2024 Duración: 05min

    Depois de dias de tensão, o Irão lançou no sábado, 13 de Abril, 350 drones e mísseis contra Israel – num ataque sem precedentes, que segundo líderes mundiais deixou o Médio Oriente à "beira do precipício". A Professora no ISCTE e investigadora em assuntos do Médio Oriente, Maria João Tomás, afirma que "tudo mudou porque agora está-se à espera de um escalar [de violência] e não sabemos o que vai acontecer, é imprevisível". RFI :O que mudou com este ataque?Maria João Tomás: Mudou tudo. Depois disto nada é igual; nem o Médio Oriente, nem o mundo porque pela primeira vez tivemos o Irão a cumprir a promessa que já andava a prometer há muito tempo. Desde 79 que o Irão promete atacar Israel porque o seu grande inimigo é Israel e a seguir é o Ocidente e os Estados Unidos. É importante perceber por que motivo isto aconteceu: porque quando Xá Reza Pahlavi estava no poder e foi derrubado pela a revolução iraniana em 1979, o Irão foi o primeiro país de maioria muçulmana a reconhecer Israel. Portanto, quando os aiatolas t

  • "O ataque iraniano contra Israel em termos militares é um falhanço grande" - Ivo Sobral

    14/04/2024 Duración: 20min

    O Irão lançou neste sábado à noite um ataque com cerca de 300 drones e mísseis contra Israel, conforme ameaçava fazer há dias, na sequência do ataque atribuído ao Estado Hebreu contra o seu consulado em Damasco que custou a vida de 16 pessoas. Teerão afirma ter atingido o seu objectivo e diz considerar o assunto "encerrado" mas ameaça responder com mais força em caso de contra-ataque. Israel que, por sua vez, diz ter conseguido repelir o ataque, refere encarar a possibilidade de ripostar. A tensão subiu um novo patamar neste domingo na sequência do ataque iraniano que visou alvos militares em Israel mas não causou vítimas. Segundo o exército israelita, 99% dos cerca de 300 engenhos lançados ontem à noite foram abatidos com o apoio dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da Jordânia. Uma base aérea no sul de Israel foi afectada, o que não a impediu de funcionar, e uma criança de sete anos foi gravemente ferida por estilhaços Nenhum outro dano grave foi relatado.Teerão que pela primeira vez lançou ontem à noite u

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