Sinopsis
O livro que o leitor tem em mãos apresenta traços isotópicos que confirmam a presença de erotismo na obra machadiana, pois é o resultado da análise interpretativa das vicissitudes eróticas manifestas, na ficção do autor, sob profundos sentimentos de erotismo nas mais variadas formas. Aqui, o erotismo é ajuizado sob a conjectura da dualidade, considerando que a fruição erótica não escancara, e sim se insinua, constituída entre a sobriedade e a leveza que, por sua vez, encontra-se subvertida sob um paradoxo que apreende os limites da morbidez em contiguidade a uma ironia latente. A proposição do erotismo em Machado de Assis não é vulgarizada e nem é composta sob a conjuntura da gratuidade, já que o autor ajusta causa e efeito. O assunto tematizado pressupõe o contradito, por isso não se mostra em plenitude e nem se esconde em sua essência.